Inclusão Digital: uma polêmica



Segundo a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia, em 2004, o município com maior índice de exclusão digital era América Dourado-BA, com apenas 8,31% de acesso à internet. Este quadro é um exemplo de como os processos de inclusão digital são ricas fontes de debates e de possíveis criações de políticas públicas que têm as TIC como assunto principal.

O termo inclusão digital é bastante complexo, sobressaindo-se à simples conceitualização oposta à exclusão digital. Trata-se de um termo que possui múltiplas definições criadas pelas instituições que a defendem, chegando a terem significados contraditórios entre si. Talvez esta pluralidade de sentido esteja associada às diferentes intenções políticas e sociais que agem na sua definição e aplicação.

Determinadas correntes políticas defendem que as políticas públicas devem ir além da simples inserção das TIC na vida das pessoas que tem pouco ou nenhum acesso à tecnologia. Trata-se não só de fazer os dispositivos presentes nos cotidianos destes cidadãos, mas de proporcionar novas possibilidades de aquisição de poder financeiro, bem como o direito universal de se comunicar.

É neste patamar que o aumento da inserção digital precisa fazer-se proporcional à conscientização na utilização das TIC. Este processo educacional é necessário para um melhor proveito da tecnologia, no sentido de que direciona sua utilização à ética e cidadania. É a partir daí que fica clara a sutil diferença entre o simples acesso e a real inclusão digital, que requer uma conscientização em seu uso.

Comentários

  1. Em 2003 o índice de 8,31% de acesso era a média do país e não do município mais excluído. A média desse município era Zero, por isso o grande movimento ocorrido na Bahia e a implementação do maior programa de inclusão digital do país, com telecentros em todos os municípios.

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